O PAVOR ARENDTIANO: TRIBUNAIS COM PODER

Autores

  • Or Bassok (Autor) University of Nottingham - Reino Unido - UK
  • Thiago Santos Aguiar de Pádua (Tradutor) UDF - Centro Universitário do Distrito Federal e UniCEUB - Centro Universitário de Brasília

Palavras-chave:

Hannah Arendt. Suprema Corte Americana. Poder dos Tribunais

Resumo

Hannah Arendt tinha medo não apenas de um presidente populista falando em nome das pessoas e desapegado da legalidade. Ela também estava preocupada com a possibilidade da vontade popular ser utilizada para apoiar os responsáveis ​​por limitá-la. Mais concretamente, ela estava com medo de a Suprema Corte Americana contar com apoio popular. Este é o significado por trás de sua obscura representação da Suprema Corte como “a verdadeira sede da autoridade na República Americana”, mas inadequada ao poder. Eu argumento que a caracterização arendtiana de autoridade, que não demanda “nem coerção, nem persuasão”, significa que a fonte de legitimidade do Tribunal é a expertise jurídica, e não o apoio público. No entanto, o entendimento atualmente dominante entre os Ministros da Suprema Corte Americana, bem como entre os estudiosos, é o de que o apoio público é a fonte de autoridade do Tribunal. Na mente de Arendt, tal compreensão significa que o Tribunal se tornou a sede do poder. A corrupção da autoridade do Tribunal, e o direito constitucional, enquanto linguagem da especialidade capaz de resistir à opinião pública, inevitavelmente irão acompanhar. Portanto, Arendt estaria extremamente preocupada com a contínua erosão do entendimento do papel da Suprema Corte Americana como jurisperita, e com a ascensão do entendimento de que sua fonte de legitimidade residiria no apoio público.

Biografia do Autor

Or Bassok (Autor), University of Nottingham - Reino Unido - UK

Dr. Or Bassok obteve seu doutorado na Escola de Direito de Yale. Seu doutorado examina mudanças nas fontes de legitimidade da Suprema Corte americana e a evolução da identidade constitucional americana nas últimas décadas. Antes de ingressar na University of Nottingham em setembro de 2016, Bassok foi Max Weber Fellow no European University Institute e Baldy Fellow na Buffalo Law School da State University of New York. Durante os últimos estágios de redação de sua dissertação, ele foi Tikvah Scholar na New York University e Robina Foundation Visiting Human Rights Fellow na Yale Law School. Bassok possui um LL.B ( Magna Cum Laude) e LL.M ( Magna Cum Laude) da Universidade Hebraica e um JSD e um LL.M da Escola de Direito de Yale.

Thiago Santos Aguiar de Pádua (Tradutor), UDF - Centro Universitário do Distrito Federal e UniCEUB - Centro Universitário de Brasília

Doutor e Mestre em Direito pelo UniCEUB. Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Professor dos cursos de graduação em Direito do UDF - Centro Universitário do Distrito Federal, do UniCEUB - Centro Universitário de Brasília, da Pós-graduaçao do UniCEUB - Centro Universitário de Brasília e da Pós-graduação da FASAM - Faculdade Sul Americana em Goiânia. Ex-assessor de Ministro do Supremo Tribunal Federal. Assessor acadêmico do Ministro Carlos Ayres Britto no PPG/Direito do UniCEUB (Mestrado e Doutorado). Tradutor de textos de autores internacionais como Richard Posner, Pierluigi Chiassoni, Roberto Gargarella, Hillel Levin, Duncan Kennedy, James Robertson e Rudolf von Jhering. Dedica-se a pesquisar precipuamente Teoria do Direito, Fundamentos do direito público e do direito privado, Direito Constitucional, Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade. Advogado inscrito na OAB/DF. Se interessa por filosofia, filosofia do direito, teoria do direito, direito público, direito privado, criminologia, história do direito, direito constitucional.

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Publicado

2020-11-11

Como Citar

BASSOK (AUTOR), O.; Santos Aguiar de Pádua (Tradutor) T. . O PAVOR ARENDTIANO: TRIBUNAIS COM PODER. Revista da Advocacia Pública Federal, v. 4, n. 1, 11 nov. 2020.

Edição

v. 4 n. 1 (2020)

Seção

Artigo Traduzido

Copyright (c) 2020 Revista da Advocacia Pública Federal

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